sexta-feira, 6 de agosto de 2010

EUA jogam nas mãos de Israel a responsabilidade da guerra com o Irã


Nem mesmo o "império", com toda sua máquina midiática, aguenta assumir o ônus de mais uma guerra, em especial quando ela: a) envolve o aprofundamento de problemas com países produtores de petróleo; b) significa custos humanos e financeiros extras logo agora, em que o mundo tomou conhecimento, pelos documentos do Wikileaks, das atrocidades e do fracasso dos EUA no Afeganistão.
Já o lobby israelense, que quer o ataque ao Irã por temer que o país muçulmano assuma a liderança política no Oriente Médio, decidiu então tomar outro caminho: obrigar os membros do Congresso estadunidense patrocinados por ele a aprovar uma House Resolution, a de no. 1553, que concede a Israel o direito de atacar o Irã. A própria H.Res., por sinal, tem a cara do lobby.
É evidente que, se a H.Res. 1553 virar lei, Israel atacará o Irã. E os EUA, claro, irão ajudar os israelenses. É um modo de fazer a guerra usando como desculpa o apoio a um aliado (ou um fardo, como já declararam várias figuras estreladas dos EUA).
Um grupo de altos oficiais da CIA enviou uma carta a Obama alertando para esse risco, lembrando-o inclusive de um vídeo liberado há uma semana, no qual Netanyhau declara ter enganado Bill Clinton quando da assinatura do Tratado de Oslo e afirma que "é fácil" enganar os EUA. Segundo esses oficiais, o ataque israelense ao Irã está programado para este mês, agosto.

Fala sério: quem deu aos EUA o direito de "conceder" a quem quer que seja o "direito" de atacar quem quer que seja?
Sinceramente, sr. Barak Hussein Obama, seu antecessor era mais honesto: não escondia quem era e a que viera. Você fez uma campanha baseada na necessidade de mudança, "Yes, we can", escondeu dos eleitores suas ligações com o lobby de judeus askenazi de Chicago, que apoiam e patrocinam sua carreira política desde o início, e assumiu o poder com um discurso progressivo e pacifista que não durou nem mesmo um ano. Bush, ao menos, mostrou a face neocon desde sempre.

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